Translate

Saturday, December 17, 2011

CONSTRUTIVISMO SOVIÉTICO (Moscou, 1920-1932).

Destaques: GABO, STEPANOVA e Aleksandr RODCHENKO.


Nos primeiros anos da Revolução Russa, a vanguarda artística e a vanguarda política se confundiram e a arte Abstrata se transformou na arte oficial do novo regime. O destaque especial ficou para o Suprematismo do Grupo Supremus, de Kasimir Malevich (1878-1935), que, sob a proteção do Coronel Anatoly Lunacharsky (1875-1933), expôs e ensinou, escreveu e publicou.

Através do Instituto de Cultura Artística [GINKhUK] de Vitebsk, que Malevich dirigiu, ele se engajou na campanha intensa para a democratização da cultura soviética, até que os ventos mudaram de 
direção (v. o Grupo da Associação de Artistas da Rússia Revolucinária [AKhRR]e o Grupo da Associação de Artistas Proletários [AKhR]).

Entre os principais seguidores de Kasemir Malevich no GINhUK, em Vitebsk, estavam Ilya Chashnik (1902-1929), Nicolay Suetin (1897-1954), Vera Yermolayeva (1893-1938) e Lev Yudin (1903-1941). Todos seguiram o lider do Suprematismo depois que ele voltou para Petrogrado (1922-).

Vera Yermolayeva foi reitora do Instituto GINKhUK, em Vitebsky; ela se interessou, particularmente, por livros infantís e arte folclórica russa. Yermolayeva colaborou com Malevich, e dirigiu o Laboratório da Cor (Vitebsky, 1923).

Depois de mudarem para Petrogrado, Suetin e Chashnik aplicaram principios Suprematistas ao design de porcelana, quando trabalharam na Fábrica de Porcelana de Lomonosov: os artistas colaboraram com Malevich na série Arquitetônica (1924-). Durante o ano seguinte os artistas passaram a trabalhar com o arquiteto Aleksandr Nikolsky. Chashnik tornou-se diretor da Fábrica de Porcelana de Lomonosov (1932-1952), quando desenhou canecas, molheiras e objetos utilitários cerâmicos de estilo Suprematista. Chashnik foi quem pintou o Quadrado Negro no caixão Suprematista de Malevich, quando o artista faleceu(1935).

Maiakowsky (Vladimir, 1893-1930) proferiu no Palácio de Inverno a palestra Para as grandes massas trabalhadoras, quando o poeta e escritor retomou grandes temas artísticos emprestados aos Futuristas italianos (out., 1918). No entanto, os Futuristas soviéticos, que formaram o Grupo Comunista Futurista [KOM-FUT], não cessaram de criticar em seguida os italianos, rejeitando-os, especialmente depois de sua associação marcante com o fascismo de Benito Mussolini. No mesmo ano o Coronel Lunacharsky fundou o Departamento de Belas Artes [IZO] do Comissariado Popular para a Instrução Pública [NAKOMPRÓS], no qual colocou à frente a maioria dos artistas das esquerdas soviéticas, principalmente os participantes do Grupo da Frente Esquerdista das Artes [LEF], que posteriormente editaram as revistas Lef e Novy Lef. Lunacharsky era um liberal culto, felizmente para os artistas das vanguardas soviéticas.


Naum Gabo (1890-1977) participou de importante exposição na qual ele apresentou 10 esculturas, em Oslo (Noruega). Quando Gabo voltou à Rússia (1917), ele escreveu e divulgou o seu Manifesto Realista (1920), que constituiu uma das bases do programa do Construtivismo soviético, lançado no documento assinado em conjunto com seu irmão, Anton Pvsner (1886-1962). Na sua obra escultórica Gabo introduziu elementos dinâmicos e plásticos, inclusive trabalhou como arquiteto no Ateliê A Torre, constituído em torno de Vladimir Tatlin (v. Grupo (Soviético) da Torre).

Foi Aleksey Gan (1893-1940), quem se associou ao Comissariado do Povo para a Educação [TEO] (1918-1920) e foi membro do Instituto de Cultura Artística [GINKhUK] (v.), organizado pelo Coronel A. Lunatcharsky (Moscou, 1920). Gan foi um dos principais participantes do Primeiro Grupo Construtivista, do qual participaram Lyubov Popova (1889-1924), Aleksandr Rodchenko (1891-1956), Várvara Stepanova (1894-1958), Vladimir Tatlin (1885-1953), Karl Ioganson, os irmãos Sternberg (Georgy, 1900-1933; e Vladimir, 1899-1982), e Konstantin Medunetzki, entre outros. O manifesto do dito, Grupo C (C=Construtivismo) foi assinado por Gan, Popova, Stepanova e Tatlin (mar., 1921).

Os esquerdistas, que reivindicavam para si a plataforma Construtivista na segunda fase Produtivista e Materialista propuseram nova plataforma para o movimento, que reivindicou para si a produção do utilitário, preconizando a dissolução do objeto artístico. Nesse momento ocorreu a valorização do utilitarismo, mas logo se articulou a forte reação contrária, através da formação do Grupo da Nova Associação dos Pintores (1921-; v.), que se posicionou contra a arte especulativa dos Produtivistas, defendendo a representatividade da pintura Realista.
 
Gustav Klutsis (1895-1938), destacou o Produtivismo como a teoria sociológica-estética que previa o impulso e o domínio das artes vinculadas à produção de objetos socialmente úteis, considerando a arte contemporânea forma particular de produção. De qualquer maneira, esse polêmico tema esteve bem longe de se esgotar nas suas definições, suscitando muitas discussões no interior do Instituto de Cultura Artística [GINKhUK] e do Estúdio Superior de Arte e Técnica [VChUTEMAS], no seio dos puristas Construtivistas e dos Produtivistas dàquela época, e em muitas reuniões dos grupos, que serviram para a construção das muitas teorias da arte de vanguarda soviética, na década de 1920-1930.
 
A mostra conjunta Construtivista 5 x 5 = 25 (Moscou, 1921), expôs cinco obras de cinco artistas, entre esses Alexander Rodchenko  e Aleksandra Ekster (1882-1949). Outra mostra importante foi Os Construtivistas, que apresentou trabalhos experimentais, ditos, de forma pura, conforme se encontra citado (ALBERA, 2002: 167). A mostra foi inaugurada com obras de Aleksey Gan, Aleksandr Rodchenko, Várvara Stepanova e Karl Ioganson no Café dos Poetas (Moscou, jan., 1921). Esse café era ponto de reunião das vanguardsa moscovitas.

Gan publicou seu livro Construtivismo [Konstrutivism] (Tver, 1922), onde o autor estabeleceu certas diferenças entre os produtivistas do Grupo da Frente Esquerdista das Artes [LEF] e ditos, puristas e decorativistas do Instituto de Cultura Artística [GINKhOUK]. Alguns trechos do livro de Gan se encontram traduzidos (GRAY, 1968: 55; e BANN, 1974: 49; apud ALBERA, 2002: 168). A corrente da arte dos Construtivistas, que lutaram em prol da Arte Pura, foi considerada por Anatoly Anatolevich Strigalev (Art et Production, in Paris – Moscou, 1900-1930. Paris: Centre d' Art et Culture, 1979):

[…] como um método artistico […],

e o novo Produtivismo 

[…] que visa dar forma a objetos realmente funcionais […]

Essa teoria, elaborada e promulgada por Boris Arvatov (1896-1940), Osip Brik (1888-1945), Boris Kuschner (1888-1937), Alexei Gan (1889-1940) e Nikolay Tarabukin (1889-1956), que participou do Grupo da Sociedade dos Jovens Artistas [OBMOKhU] (v. TARABUKIN, N. Do Cavalete à máquina. (Moscou, 1923). Tradução francesa: Le Dernier Tableau. Paris: Champ Libre, 1972, p. 147, apud ALBERA, 2002).

No entanto, o engajamento dos artistas, entre os mais destacados das vanguardas russas, dividiu seu espaço na mesma época com várias correntes diversas, algumas antagônicas, todas associadas a seu tempo. O embate Construtivismo versus Produtivismo, revolveu profundamente as entranhas da arte russa: foi o poderoso burocrata Osip Brik quem conduziu os rumos da arte dos primeiros Construtivistas, inclusive Gan, na transformação deles em Produtivistas Soviéticos. Foi Brik quem criou a plataforma que rejeitou a Arte Pura dos Construtivistas para transformá-la na Arte Aplicada à produção de objetos utlilitários como canecas cerâmicas, bandejas, bules, chaleiras, desenhos para estamparia têxtil, produção de uniformes de trabalho, entre outros, plataforma Produtivista.

Strigalev distinguiu o Construtivismo como método artístico adotado pela maioria dos artistas das vanguardas russas, tais como Vladimir Tatlin, Aleksandr Rodtchenko, Lyubov Popova, Aleksandra Ekster, Aleksey Gan, os irmãos Sternberg (Vladimir e Georg, que organizaram o Laboratório do Construtivismo, Moscou, 1921); e Gustav Klutsis, entre outros, destacando o Produtivismo como a

[…] teoria sociológico-estética que prevê um impulso e um domínio das artes vinculados à produção de objetos realmente úteis, considerando a arte como uma forma particular de produção […]

Teoria adotada por Tatlin, Rodchenko, Popova, Ekster, Gan, Klutsis, Stepanova, e os irmãos Sternberg, entre outros Construtivistas.

De qualquer maneira o assunto está bem longe de se esgotar por aqui, suscitando muitas discussões mesmo no seio dos Construtivistas e Produtivistas daquela época, no seio da GINKhOUK e em muitas reuniões dos grupos, que serviram para a construção das muitas teorias da arte das vanguardas dessa época. A transformação mais significativa ocorreu na sessão que transferiu o Instituto de Cultura Artística [GINChHUK] do Comissariado do Povo para a Educação [TEO] para o Conselho Superior da Economia Nacional, resolução assinada por 25 artistas que adotaram oficialmente o Produtivismo. Sempre houve a maior dificuldade de indentificarmos a lista dos 25 signatários da resolução que encerrou a fase do Construtivismo russo, enquanto fase de Arte Pura (v. ALBERA, 2002: 196, n. 19; v. LODDER, Christina. Russian Construtivism. New Haven – London: Yale University Press, 1983, pp. 90-94; v. TARABUKIN, Nicolay. 1972, p. 147, sobre a dificuldade de reconstituir a lista dos 25 signatários).

A manobra política do Estado Soviético transformou os artistas plásticos em operários especializados: os que rejeitaram essa plataforma não tiveram outra escolha, precisaram se inserir no seio de outras atividades produtivas, como Aleksandr Rodchenko que se tornou fotógrafo e sua esposa Varvara Stepanova, editora de revistas soviéticas. Outros artistas se exilaram no Ocidente, como Anton Pvsner e seu irmão Naum Gabo, Marc Chagall, Wassily Kandinsky, Ivan Puni e Vladimir Baranoff-Roussine, entre outros (c. 1922-1923).

A emergência do Produtivismo acarretou a cissão do Construtivismo original, atrelado a três aspectos fundamentais:
01. Vinculado ao movimento revolucionário de outubro de 1917; 02. Oposto ao regionalismo, aderindo ao internacionalismo;
03. Interdisciplinar, com a investigação de diversos campos como a Agitação-Propagandística [Agit-Prop], a Arquitetura, as Artes Gráficas, o Design de Produtos, a Fotografia e Fotomontagem soviética (v.).

O Produtivismo ficou representado no ensino da Faculdade Industrial ou Estúdio Superior de Arte e Técnica [VKhUTEMAS] (Moscou, 1918-1926); e do Instituto Superior de Arte e Técnica [VKhUTEIN] (Moscou, 1926-1932; v), que preparava artistas para a capacitação na produção de artigos da vida diária, ferramentas e implementos de trabalho, canecas cerâmicas,vtêxteis, estamparia, uniformes, outros artigos comercializáveis, no instituto com premissas associadas ao ensino da Bauhaus alemã (Weimar-Dessau-Berlim, 1919-1932).

No Construtivismo houve a interação da teoria à prática, a inter-relação fundamental e efetiva entre a estrutura da obra, o tratamento de seus materiais e o processo de produção, da forma e funções finais, buscando a experiência radical, ativa e interessada como resultado vinculado à mudança dos costumes e valores sociais. Tudo isso ocorreu na primeira fase, que se deu durante os dois primeiros anos, que os Construtivistas denominaram de Fase de Laboratório (1919-1921), tendo em vista experiências da futura produção (MARTINS, 2004: 64).

Algumas destacadas mostras trouxeram ao Brasil obras dos Construtivistas soviéticos, bem como de outros expoentes das vanguardas russas, como Kasimir Malevich, um dos maiores destaques internacionais das vanguardas russas e de Wasily Kandinsky, expoente russo das vanguardas internacionais, precurssor do Abstracionismo, criador dos grupos Palanx, NKVM-Associação dos Novos Artistas de Munique e do Cavaleiro Azul (Munique, 1910-1912; Berlim, 1913). Mikhail Larionov e Natália Goncharova, Vladimir Tatlin e Aleksandr Rodchenko, grandes formadores das vanguardas russas e soviéticas através do lançamento de vários grupos, como o Grupo do Velo de Ouro [Zolotoye Runo] (1907-1910); Valete de Diamantes [Bubnovy Valet] (1911-1917); Rabo de Burro [Osliny Kvost] (1912-1913); do Grupo do Ateliê da Torre (1914-1925); Grupo Supremus ou Suprematista [Cypenyc] (1915-1916); Grupo (Soviético) da União de Artistas e Poetas Arte é Vida [Makovets], todos, sem exceção, radicados em Moscou. David Burliuk, Olga Rozanova e Mikhail Matiushin foram mentores do Grupo Trigo-Estefanos (1908-1909); Triângulo (1910) e União da Juventude [Soyuz Molodeshi] (1910-1917), destacados em São Petersburgo.

A exposição Virada Russa, percorreu os endereços do CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil (Brasilia, Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente em abr,, jun. e set.,-dez., 2009). A exposição, que publicou primoroso catálogo, trouxe 125 obras de artistas de vanguarda desde o começo do século, todas vindas do Museu Russo de São Petersburgo. Algumas obras estiveram anteriormente no Brasil na mostra Arte Russa, que exibiu cinco séculos da arte do país, entre as quais o reduzido módulo dedicado às vanguardas, perdido entre os ícones da Arte Sacra produzidos há vários séculos e dando destaque às obras do Realismo Socialista Soviético (v.). Essa segunda mostra ocorreu na Oca do Parque do Ibirapuera, e publicou detalhado catálogo: e, entre as obras mais expressivas destacamos a única pintura exposta do mestre das vanguardas soviéticas, o músico, artista e professor, Mikhail Matiushin, que também participou da Virada Russa (CCBB – São Paulo, out. – dez, 2009). Outra mostra importante foi Arte Utópica: Arte Gráfica Russa, 1904-1942, realizada no CCBB (Rio de Janeiro, 2002), que trouxe obras gráficas dos artistas citados, entre outros, destacados nas Artes Gráficas russas e soviéticas, como K. Malevich, os irmãos Sternberg, V. V. Maiakovsky e A. Rodchenko

A mostra internacional Rodchenko e Popova: Definindo o Construtivismo [Rodchenko & Popova: Defining Constructivism], foi organizada na Tate Modern (Londres, 12 fev.-17 maio, 2009), com obras Construtivistas (1917-1929). Os artistas mais destacados e influentes no movimento sovietico que mergulharam nas teorias e estética do movimento, rejeitando a idéia da Arte pela Arte, em prol da Arte como prática social, redirecionada às conquistas de maiores objetivos em prol da sociedade.


REFERÊNCIAS:


ALBERA, F. Eisenstein e o construtivismo russo - A dramaturgia da forma em "Stuttgart". Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac e Naify, 2002, pp. 167-168.

ARTIGO. MARTINS, L. R. O Debate entre Construtivismo e Produtivismo segundo Nikolay Tarabukin. São Paulo: Revista do Departamento de Artes Plásticas da ECA – USP, 2002, pp. 58-60, 62-64, 68-71.

ARTIGO. MARTINS, M. Brigadas Vermelhas. Exposição em Brasília reúne 125 obras dos vanguardistas que transformaram a arte no começo do século XX – e foram esmagados pelo regime soviético, ao qual de início aderiram. São Paulo: Veja, ed. 2107, ano 42, n. 14, Arte, 08 de abr., 2009, pp. 128-129.

BOWLT, J. Russian Art of The Avant-Garde: Theory and Criticism, 1902-1934. London: Thames & Hudson, 1976. 1988, pp. 240-243. 

INTERNET. Art Knowledge News - Keeping You in Touch with the World of Art...
Tate Modern to feature "Rodchenko & Popova: Defining Constructivism". Disponível: "Art News" Acesso: 30 dez., 2010.

CATÁLOGO. CELANT, G. (Org,). GIMENEZ, C. (Org.). The Great Utopia: the Russian and Soviet avant garde, 1915-1932. GASSNER, H. Translated by Jurgen Riehle. Frankfurt: Schirn Kunsthalle. Amsterdam: Stedelijk Museum. New York: the Solomon Guggenheim Museum, 1992. 732 p.: il.

CATÁLOGO. DJAFAROVA, S. Una politica de difusión del arte moderno: los museos de cultura artistica. In La Vanguardia Rusa en las colleciones de los museos rusos, 1905-1925. Madrid: Fundación Central Hispano, 1993.

CATÁLOGO. GASSNER, H. The Constructivists: Modernism on the way of Modernization. Translated by Jurgen Riehle. In CELANT, G. (org,). GIMENEZ, C. (org.). KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C. The Great Utopia. The Russian and Soviet Avant-Garde 1915-1932. Frankfurt: Schirn Kunsthalle. Amsterdã: Stedelijk Museum. New York: New York: the Solomon Guggenheim Museum, 1992. 732 p.: il.

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs.

CATÁLOGO. KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C.;.WEBER, J. The Great Utopia: The Russian and Soviet Avant-Garde, 1915-1932. Shirn Kunsthalle, Frankfurt: 01-10May, 12992. Stedelijk Museum, Amsterdam; Salomon R. Guggenheim Museum, New York. New York: Salomon R. Guggenheim Museum, Rizzoli, 1992, 732 p.: il.

CATÁLOGO. KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C. La Vanguardia Rusa, 1905-1925 en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF, 1993. 295p.: il., color., pp. 27-32, 40-44.

CATÁLOGO. KOVTUN, E., STANISLAS, Z.; OUVRIARD, N. Filonov. Paris: Éditions du Centre Georges Pompidou, Musée Russe de Leningrad, 1990.

CATÁLOGO. LODDER, C., MILNER, J.; DJAFAROVA, S. (Biogr.). La Vanguardia Rusa, 1905-1925, en las colecciones de los Museos Rusos Apud KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C.. La Vanguardia Rusa, 1905-1925, en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF, 1993. 295p.: il., color.

CATÁLOGO. LODDER, C. El arte de vanguardia en Russia: experimento e innovación. Apud KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C.. La Vanguardia Rusa, 1905-1925, en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF, 1993. 295p.: il., color.

CATÁLOGO. LODDER, C. The Transition to Constructivism. Apud KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C. The Great Utopia. The Russian and Soviet Avant-Garde 1915-1932. Frankfurt: Schirn Kunsthalle. Amsterdam: Stedelijk Museum. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, 1992.

CATÁLOGO. MILNER, J. Arte, Guerra y Revolucion. Apud La Vanguardia Rusa, 1905-1925, en las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF, 1993. 295p.: il., color.

CATÁLOGO. PETROVA, Y.; KIBLITSKY, J.;RODRÍGUEZ, A.; ATHAYDE, R. de; COCHIARALLE, F. Virada Russa: a Vanguarda na Coleção do Museu Russo de São Petersburgo. Tradução de Elena Vassina, Alexander Borodin e Joseph Kiblitsky.  São Paulo: set. - nov. 2009. 226p.: il., color., 25.5 x 32.5 cm, pp.152-157, 165-177.

CATÁLOGO. SALLES, E. (Cur,). Gráfica Utópica: Arte Gráfica Russa 1904-1942. Rio de Janeiro: CCBB/ Centro Cultural Banco do Brasil, 2002.


No comments: