Translate

Sunday, November 22, 2015

1914-1918 A TEMPORADA ITALIANA DOS BALÉS RUSSOS. HISTÓRIA DOS BALÉS RUSSOS [BALLETS RUSSES], DA CIA. TEATRAL SERGEI PAVLOVICH DIAGHILEV (Paris, 1909-1929).

1914-1918 A TEMPORADA ITALIANA DOS BALÉS RUSSOS. HISTÓRIA DOS BALÉS RUSSOS [BALLETS RUSSES], DA CIA. TEATRAL SERGEI PAVLOVICH DIAGHILEV (Paris, 1909-1929). No início da I Guerra Mundial,Diaghilev e pequeno grupo de fiéis associados, refugiaram-se em Lausanne (Suíça, 1914). Um dos diletos amigos de Diaghilev, o artista das vanguardas Mikhail Fiodorovich Larionov (1881-1964), oficial do exército russo, voltou a seu país depois de expor suas obras com Nataliya Gontcharova na Galeria Paul Guillaume (Paris, 1914). A apresentação no catálogo da exposição da dupla de vanguardistas russos, foi de Guillaume Apollinaire. No alvorecer da I GM, Larionov e Gontcharova haviam acompanhado a Cia. Teatral S. P. Diaghilev a Paris. Gontcharova permaneceu com a trupe, quando eles se transferiram para o território neutro da Suíça (Lausanne, 1914). Larionov voltou à Rússia, e foi enviado para o front de batalha: gravemente ferido, passou meses em hospital russo, quando foi visitado por Osip Brik, visita que se encontra documentada na fotografia publicada (Krens, 1992). Dispensado do exército Larionov reuniu-se na Suíça aos remanescentes dos Balés Russos; e acompanhou a trupe nas excursões à Espanha e Itália (Hulten, 1983: 499). Em Roma (janeiro, 1917), Larionov conheceu os restantes Futuristas italianos, pois havia conhecido F. T. Marinetti (1876-1944) por ocasião da visita do escritor a Moscou e São Petersburgo, encontro que igualmente se encontra documentado na fotografia publicada (Hulten, 1983: 498). Marinetti conheceu Enrico Prampolini (1894-1956), entre outros artistas das vanguardas italianas. Foi na época que os Ballets Russos encenaram a música de Stravinsky com cenografia Futurista de Giacomo Balla (1871-1958). O artista plástico italiano vinha desenvolvendo com Fortunato Depero (1892-1960), idéias de Marinetti e Umberto Boccioni (1882-1916). A obra de arte como presença e ação em objetos escultóricos incluía novos materiais como fios coloridos, fios elétricos, papeis coloridos, vidros coloridos, celulóide, tecidos, espelhos, materiais transparentes de todos os tipos e cores, água, líquidos luminosos, vidros transparentes, entre outros elementos associados a motores elétricos e artefatos mecânicos voltados para a produção de movimentos. Na época, Depero e Balla estavam desenvolvendo proposta de Brinquedo Futurista com motor - barulho - concerto - plástico – espacial, e,além disso, os Futuristas propunham roupas transformáveis, edifícios transformáveis na mais completa transformação barulhenta do universo, proposta através de vários Manifestos Futuristas que culminaram com o da Reconstrução Futurista do Universo (Hulten, 1983: 425). Balla criou o Manifesto dos Pintores Futuristas e Agitadores Educados, assinado por Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Gino Severini e Luigi Russolo e divulgado (11 de abril, 1910). Depero escreveu o manifesto da Reconstrução Futurista do Universo [Riconstruzioni Futurista dell’Universo], posteriormente reformulado e assinado juntamente com Giacomo Balla (11 de março, 1913). Durante o período da Primeira Guerra Mundial e devido a indicação de F. T. Marinetti, Balla foi convidado por Sergei Diaghilev para se tornar cenógrafo do balé mecânico Fogos de Artifício [L’Ucello di Fuoco]. A encenação foi apresentada com a música homônima de Igor Stravinsky (duração 4´), no Teatro Costanzi (Roma, 17 de abril, 1917). Para os desenhos do dito, Primeiro cenário plástico do Futurista Balla [Primo Scenario Plastico dal Futurista Balla], conforme se encontra escrito no cartaz do espetáculo, reproduzido (Atti & Ferretti, 1990). Balla estudou os efeitos das vibrações luminosas azuis, violetas, vermelho verde - as cores próprias de seu edifício de madeira e tecido - assimétricos e rítmicos como as notas da música de Stravinsky. Para a composição Abstrata que deveria ser apresentada durante menos de cinco minutos Balla criou sobre a estrutura cenográfica movimentos de luz e sombra variados - formas fugazes, sobre uma forma estática - que deveriam suscitar no espectador a mesma reação estupefaciente e maravilhada da explosão animada de fogos de artifício. Um jogo de grande efeito do qual, pela primeira vez, a cenografia foi o espetáculo, onde a centralização da idéia teatral esteve concentrada no único movimento da breve explosão luminosa, de efeito agudo e estridente, que sublinhou e traduziu sons musicais, na eufórica aparição da força primordial do fogo - através da formalização teatral e da transfiguração do real ao abstrato. Na ocasião, a obra estreou sem bailarinos, com a música ilustrada somente com efeitos de iluminação além de outros produzidos por várias máquinas mecânicas, criações fantásticas de Balla (Atti & Ferretti, 1990). Os desenhos e estudos do Futurista italiano para a cenografia dessa obra (1915-1917), se encontram no acervo da Galeria de L'Obelisco (Roma). Balla colocou seu talento a serviço de outras encenações da Cia Teatral S. P. Diaghilev como para O Jardim Zoológico [Il Giardino Zoologico], balé que ofereceu para Diaghilev, mas que nunca foi encenado. E para O Canto do Rouxinol [Il canto dell'usignolo], com música de Stravinsky, cenários de Fortunato Depero e desenho de figurinos dele, Balla. Os desenhos de figurinos de Balla para esse balé se encontram reproduzidos (Atti & Ferretti, 1990). No entanto, a re-encenação deste balé foi realizada pelos Balés Russos com criações de figurinos de Léon Bakst e cenários do artista espanhol Pedro Pruna (Paris, 1916). No mesmo ano ocorreram as duas temporadas americanas dos Balés Russos; parte da companhia viajou com Nijinsky para a temporada na América do Sul, voltando a Europa depois (novembro, 1916). E a outra parte da companhia, que, no primeiro semestre voltou a Europa acompanhando Diaghilev, no segundo semestre voltou a se apresentar nos Estados Unidos (setembro de 1916 - 24 de fevereiro, 1917). Para a dita, Temporada Italiana, Diaghilev preparou com os poucos integrantes que tinha na Europa o balé As Meninas, com cenário do pouco conhecido artista italiano Carlo Socrate (1889-1967), com figurinos, finalmente, de Mísia Sert (Maria Zofia Olga Zenadja Godbeska Sert, 1872-1950). Diaghilev preparou, com coreografia de Léonid Massine, libreto de Goldoni, música de Domenico Scarlatti orquestrada por Tommasini o balé Mulheres de bom humor [Donne de Buon Umore], que estreou com cenários e figurinos de Léon Bakst no Teatro Costanzi (Roma, 12 abril, 1917). Na mesma data e local estreou o balé A Boutique Fantástica [La Boutique Fantasque], com música de Ottorino Respighi (1879-1936), adaptada de tema de Rossini (Giacomo Rossini, 1xxx-1xxx), coreografia de Léonid Massine (Leonid Miasjin, 1894-1979) e cenários e figurinos de André Derain (1880-1954). A adaptação do balé Kikimora (Liadov), apresentado anteriormente pelos Balés Russos (1912), agora renomeado de Contos Russos, recebeu os cenários e figurinos de Mikhail Larionov, sendo a primeira apresentação no Teatro San Carlo (Nápoles, 1917). Em seguida todos os balés citados estrearam na temporada parisiense (11 de maio, 1917). Nessa mesma temporada parisiense estreou Parada [Parade], com libreto de Jean Cocteau, cenários e figurinos de Pablo Picasso e música de Erik Satie (Paris, 18 de maio, 1917; v. nas postagens a biografia de Pablo Picasso). Picasso viajou para Roma, onde foram preparados os balés espanhóis da próxima temporada: O Tricórnio (Madri - Londres - Paris, 1918). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ATTI, F. C. degli; FERRETTI, D. (Org.). Rusia, 1900-1930, L'Arte della Scenna. Milano: Galeria Electa. Moscou: Museu Bachrusín, 1990, pp. 54-55. BRITT, D.; MACKINTOSH, A.; NASH, J. M.; ADES, D.; EVERITT, A; WILSON, S.; LIVINSGSTONE, M. Modern Art: from impressionism to post-modernism. London: Thames and Hudson, 1989, pp. 181-183. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 424-425, 498-499. CATALOGUE RAISONNÉ, CACHIN, F.; MINERVINO, F. Tout l'oeuvre peint de Picasso, 1907-1916. Introduction par Françoise Cachin; documentition par Fiorella, Minervino. Paris: Flammarion, 1977. 135p.: il. algumas color. - notas gerais – inclui índices; cronologia, pp. 85, 127.

1927-1929 GRUPO (SOVIÉTICO) DO CÍRCULO DE ARTISTAS (Petrogrado – Leningrado).

1927-1929 GRUPO (SOVIÉTICO) DO CÍRCULO DE ARTISTAS (Petrogrado – Leningrado). O Círculo de Artistas reuniu jovens associados que amadureceram na atmosfera política e social da Pós-Revolução Russa. Os principais membros foram estudantes do Estúdio Superior de Arte e Técnica - Instituto Superior de Arte e Técnica [VKhUTEMAS – VKhUTEIN], alunos de Alexei Emirevich Karev (1894-1970), Aleksandr Savinov (1881-1942), Kuzma Sergeevich Petrov-Vodkin (1875-1939) e Alexander Matveyev (1895-1960). A arte do Grupo do Circulo de Artistas provocou intenso interesse devido à criatividade de seus associados, que aderiram ao Figurativismo estatizante do Realismo Socialista Soviético. O primeiro dirigente foi seu fundador Viacheslav Vladimirovich Pakulin (1900-1951), conjuntamente com Alexander Isaakovich Rusakov (1898-1952). Entre c. de 40 associados estavam Fanya Belostotskaya, Lev Romanovich Britanishsky (1897-1971), Sergei A. Chugunov, Vladimir Alexeyevich Denisov (1884-1970), Maria Fedoricheva (1895-1971), Tatyana E. Gernet-Matveeva (1899-), Emma Illynichna Gurovich (1899-1980), Natalia Ivavnovna Ivanova (Ivanova-Leningradoskaya, 1900-1979), L. A. Karateyev, Boris Kolpiansky (escultor), Vasily Vasilyevich Kuptsov (1899-1935), T. I. Kupervasser-Rusakova (1903-1972), Alexander Arkadyevich Labas (1900-1982\3), Vladimir Ilych Malagis (1902-1974), Evgenia Markovna Magaril (1902-1987), Abram Lazarevich Malakhin (1901-1970), Leonid Abramovich Mess (1907-1993), o escultor Naum Semenovich Mogilevsky (1895-1975), Piotr Alexeyevich Osolodkov (1898-1942), Alexei Fiodorovich Pakhomov (1900-1973), que participou em 1926-1929; Viacheslav Vladimirovich Pakulin (1900-1951), Alexei Fedorovich Pakhomov (1900-1973), G. B. Piankova, Alexei Petrovich Pochtenny (1895-1942), Alexander Nicolayevich Samokhvalov (1894-1971), Alexander Ivanovich Savinov (1881-1942), Ilya M. Shur, o escultor Mikhail Maximovich Sutskever (1896-1942), Nikolai Vladimirovich Svinenko (1900-1942), Giorgy Nikolaevich Traugot (1903-1961), Alexander Semenovich Vedernikov (1898-1975), Mikhail Fedorovich Verbov (1900-1982), Lev Volstein, David Yefimovich Zagoskin (1900-1942), E. S. Zabrovsky, Alexander Zaitsev e Lazar Zuperman, entre outros. A primeira mostra do Círculo de Artistas realizou-se no Museu Estatal Russo (Leningrado, 1927). Oito décadas depois o mesmo Museu Estatal Russo inaugurou a exposição do Círculo de Artistas na ala Benois, do Palácio Mikhailovsky (São Petersburgo, 28 de junho - 15 de outubro, 2007). A história dessa associação de artistas se identificou com a tragédia de Leningrado: parece que, na Segunda Guerra Mundial (1940-1945), durante o cerco à cidade (1941), muitos dos associados ao grupo pereceram ao lado de suas obras (Max Hysmith). Pinturas de Alexei Fiodorovich Pakhomov, Aleksandr Labas (1900-1983), Alexander Nicolayevich Samokhvalov (1894-1971) e do professor Kuzma Petrov-Vodkin (1875-1939), estiveram em exposição na mostra Virada Russa, no CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, 2009). Quando o Círculo de Artistas encerrou as atividades, a maioria dos artistas transferiu-se para a outra associação, maior e mais popular, expressão do Realismo Socialista Soviético (v.), a Associação de Artistas da Rússia Revolucionária [AKhRR] (Moscou, 1921-1922) e a sucessora, a Associação de Arte Ativa Revolucionária [AKhR] (Moscou, 1922-1932), sendo que alguns participaram do Grupo (Internacional) Outubro [Oktiabr] (Suttgart-Moscou, 1928-1932). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Petrova, Y., Kibilitsky, J., Rodríguez, A., Athaide, R. de, Cochiaralle, F. (Orgs.). (2009). Virada Russa: a Vanguarda na Coleção do Museu Russo de São Petersburgo. São Paulo: Palace Editions. Krens, T., Govan, M., Gusev, V., Petrova, E.,Korolev, I., Weber, J., Grassner, H., Lodder, C. (Orgs.). (1993). La Vanguardia Rusa, 1905-1925 en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF.

Monday, November 16, 2015

1922-1923 GRUPO (SOVIÉTICO) DOS CINCO ARTISTAS UCRANIANOS (Moscou).

1922-1923 GRUPO (SOVIÉTICO) DOS CINCO ARTISTAS UCRANIANOS (Moscou). Boris Alexandrovich Smirnov-Rusetsky (1905-1993) estudou no Instituto Rerberg (1922-1924), onde encontrou Piotr Fateev (1891-1971). Smirnov-Rusetsky tornou-se aluno de Vladimir Andreevich Favorsky (1886-1964), no Estúdio Superior de Arte e Técnica [VKhUTEMAS] (Moscou, 1920-1926), que abandonou para graduar-se no Instituto de Engenharia e Economia, completando sua Pós-Graduação pesquisando metalurgia, no Instituto de Metais (Moscou, 1926-1927). O artista viajou ao Cáucaso, Criméia, Karelia, Altay e Kazaquistão. Smirnov-Rusetsky organizou o Grupo dos Cinco Artistas Russos, na companhia de Pyotr Fateev (1891-1971), Les Lozovsky (Oleksandr Lozovsky, 1900-1922), promissor artista gráfico ucraniano, assassinado por desconhecidos na sua residência; A. Mykuli e D. Sokolov. Smirnov-Rusetsky, que passou dez anos preso em campo de concentração (1941-1951), sobreviveu e foi reabilitado (1956): ele e Fateev participaram do Grupo Amaravella (Moscou, 1926-1927. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: IEU - the Internet Encyclopedia of Ukraine. L. Lozovsky - Ukranian. (2014). Retrieved from: http://www.encyclopediaofukraine.com/Art.asp#Topic_10 This article originally appeared in the Encyclopedia of Ukraine, vol. 3 (1993). Wikipedia, the free encyclopedia. (2014). Boris Smirnov-Rusetsky. Retrieved from: http://en.wikipedia.org/wiki/Boris_Smirnov-Rusetsky State Museum of Arts Karakalpak, named after I. V. Savitsky. Piotr Fateev. (2014). Retrieved from: http://www.savitskycollection.org/Fateev.html

Monday, November 2, 2015

ARTE CÉZANISTA, ARTE PROCESSUAL OU ARTE DO PROCESSO (França: Paul Cézanne e Rússia, na primeira fase do Construtivismo, a fase dita, de Laboratório, 1919-1921).

ARTE CÉZANISTA, ARTE PROCESSUAL OU ARTE DO PROCESSO (França: Paul Cézanne e Rússia, na primeira fase do Construtivismo, a fase dita, de Laboratório, 1919-1921). A dita, Arte Processual se iniciou na França com a obra de Paul Cézanne (1839-1906): o artista foi o primeiro que lançou o seu olhar sobre a estrutura material real da tela. O artista saía para trabalhar ao ar livre, acompanhado de seu amigo de juventude e de sempre, Camille Pissarro (1830-1903). Cézanne passou a colocar na superfície da tela suas pinceladas modulares, dispostas regularmente em pequenos blocos ou séries de blocos, marcando a descontinuidade do tecido pictórico, e esses elementos se desenvolveram na posição de vetores com orientações diversas, apresentando várias intermitências e lacunas nos campos de cores, sendo que, em alguns locais, a superfície de tela assomava nas partes não pintadas. Cézanne buscava desconstruir o que até então estava firmemente estabelecido na arte pictórica, a hegemonia das regras de composição. Cézanne estabeleceu a sua nova tomada de consciência materialista, e, depurou a forma processual na sua extração subjetiva, para torná-la quanto à origem impessoal e Abstrata – tal qual um módulo ou engrenagem de máquina (Martins, 2004: 64). Pode-se afirmar que a técnica desenvolvida por Cézanne seria a da radicalização da dimensão processual da arte, que se deu posteriormente na fase analítica ou dos objetos não utilitários – aquela que os Construtivistas soviéticos denominaram de Fase de Laboratório, justificando-a como experiências em vista da futura produção (URSS, 1919-1921; v. Arte Construtivista e Arte Produtivista). REFERÊNCIA SELECIONADA: Martins, L. R. (2004). O Debate entre Construtivismo e Produtivismo segundo Nikolay Tarabukin. São Paulo: Revista do Departamento de Artes Plásticas da ECA – USP, pp. 57-71.

Saturday, October 31, 2015

1912-1921 GRUPO (FRANCÊS) DO CUBISMO ÓRFICO OU GRUPO DO ORFISMO [ORFISME] (Paris, 1912-1921; Berlim, 1913, no único Salão de Outono Alemão; e na mostra do Grupo Russo da História dos Quadros, Moscou, 1913).

1912-1921 GRUPO (FRANCÊS) DO CUBISMO ÓRFICO OU GRUPO DO ORFISMO [ORFISME] (Paris, 1912-1921; Berlim, 1913, no único Salão de Outono Alemão; e na mostra do Grupo Russo da História dos Quadros, Moscou, 1913). Destaques: APOLLINAIRE, Guillaume, Robert DELAUNAY. O Orfismo surgiu diretamente do Cubismo, mas foi como grupo liderado por Robert Delaunay, considerado o principal expoente do movimento, visitante da primeira mostra Cubista (Paris, 1908). Delaunay formou o grupo de pintores que não aceitou as restrições do monocromatismo Cubista estabelecido pelos principais iniciadores do movimento em 1910, os expoentes Georges Braque (1882-1963) e Pablo Picasso (1881-1972). Guillaume Apollinaire (1880-1918), amicíssimo de Delaunay, na companhia de quem visitou o russo Wassily Wassilievich Kandinsky (1866-1944) em Munique (1912), nomeou o movimento dos dissidentes. O escritor e poeta Apollinaire publicou sua crítica sobre a pintura colorida de Delaunay, que formou a base do Orfismo quando lançou sua série das ditas, Janelas Simultâneas, no Salão dos Artistas Independentes (20 de março, 1912). Apollinaire escreveu: […] O Orfismo surgiu de Matisse e do Fauvismo, especialmente das suas tendências luminosas e antiacadêmicas […]. Apollinaire publicou o primeiro artigo sobre a arte de Robert Delaunay na revista Temps [Tempo] (1912); e publicou o primeiro texto importante de autoria do pintor, Realidade, Pintura Pura [Realité, peinture pure], na revista que ele editou, Les Soirées de Paris [As Noites de Paris] (dezembro de 1912). Apollinaire, fluente em oito idiomas, empregou o termo Orfismo pela primeira vez no artigo publicado em alemão na revista Der Sturm (Berlim, janeiro, 1913). Na palestra inspirada em Orfeu, proferida por Apollinaire, surgiu o nome do estilo que hoje é conhecido como Orfismo, no grupo que ele batizou por ocasião da inauguração da exposição dos dissidentes cubistas no primeiro e único Salão da Seção de Ouro, realizado na Galeria La Boétie (Paris, outubro de 1912). Outra nomenclatura nasceu com o crítico francês André Warnod (1885-1960), que citou a Escola Órfica no artigo publicado na revista Comoedia [Comédia] (Paris, 18 de março, 1913). A primeira mostra coletiva do Cubismo ocorreu no dito, Salão Cubista, realizado no Salão dos Artistas Independentes (20 de março - 16 de maio, 1911). Participaram pinturas de Robert Delaunay, que apresentou seu Cubismo de celebração, colorido, sofisticado, com referências à metrópole, cidade-luz, artista que se tornou conhecido como o mais parisiense dos pintores. Participaram dessa exposição significativa obras de Marcel Duchamp (1887-1963), Albert Gleizes (1881-1953), Juan Gris (1887-1927), Auguste Herbin (1882-1967), de Kupka, Henri de La Fresnaye (1885-1925), Marie Laurencin (1885-1957), Henri Laurens (1885-1962), Fernand Léger (1881-1955), Henri Le Faucconier (1881-1946), André Lhote (1885-1962), Jean Metzinger (1883-1956), Amedeo Modigliani (1884-1920), Louis Marcoussis (Ludwig Castor Markus, 1878-1941), Francis Picabia (1879-1953), Georges Rouault (1871-1958), da ucraniana Sonia Terk (depois Delaunay, 1885-1962), Jacques Villon (Gaston Duchamp, 1875-1963); e dos escultores russos Archipenko (1887-1964) e Osip Zadkine (1890-1967), do romeno Constantin Brancusi (1876-1957), e do francês, irmão de Marcel Duchamp, Raymond Duchamp-Villon (1876-1918), entre outros. As pesquisas de cor, presentes no Orfismo e no Simultaneísmo de Delaunay, receberam influencias do Fauvismo e Cubismo que nasceram das pesquisas da cor do químico Eugène Chevreul (Michel- Eugène Chevreul, 1786-1889), presente nas pinturas de Georges Seurat (1859-1891) e dos Pontilhistas, posteriormente denominados de Neo-Impressionistas ou Pós-Impressionistas. Na época, o termo orfismo foi designação genérica aplicada a todas as obras abstratas e coloridas das vanguardas artísticas francesas, não designando especificamente as pinturas do Orfismo, porém hoje, quando nos referimos ao Orfismo, lembramos inicialmente das pinturas dessa fase de Delaunay e das obras de Kupka e Sonia Delaunay (Hulten, 1986: 570). Outros artistas que se destacaram no Salão dos Independentes que iniciou o Orfismo foram o tcheco Otto Gutfreund (1889-1927) e o francês Raoul Dufy (1877-1953), que formaram com Delaunay e outros o dito, Grupo (Francês) da Seção de Ouro (Paris, 1912). Convidado por W. Kandinsky, R. Delaunay expôs suas pinturas na segunda mostra do Grupo do Cavaleiro Azul, inaugurada na Galeria Hans Goltz (Munique, março, 1912). Delaunay e seu grupo do Orfismo expuseram suas pinturas na Galeria da Tempestade, no único Salão de Outono Alemão, organizado por Herwarth Walden, que recebeu amostragem significativa das obras modernas francesas, nessa que pode ser considerada como a terceira mostra do Grupo do Cavaleiro Azul, com texto de apresentação do convite por Apollinaire, ocasião em que Kandinsky, patrocinado pela revista Der Sturm, publicou a segunda edição do Almanaque do Cavaleiro Azul (Berlim, janeiro de 1913). No mesmo ano Delaunay expôs A Equipe de Cardiff [L'equipe de Cardiff] (1912, no acervo do MNAM, Paris), na Sala 45 do Salão dos Artistas Independentes. Nessa época, dois artistas norte-americanos que estudavam arte em Paris, Stanton Macdonald Wright (1890-1973) e Morgan Russell (1886-1953), adotaram nas suas obras a Abstração no estilo do Orfismo de Delaunay, que lançaram como movimento independente, nomeado de Sincromismo [Synchromisme] (Hulten, 1986: 532). O Sincromismo foi diretamente inspirado nas obras de Delaunay, de quem o também americano P. H. Bruce foi aluno. As pinturas do Sincromismo também estiveram em exposição no Salão de Outono Alemão (Berlim, 1913); e, em mostras nos Estados Unidos, entre as c. 300 obras de vanguardistas europeus e c. 700 pinturas de artistas americanos que participaram da dita, Exposição da Armada [Armory Show] (Nova York, NY, 1913). O Grupo do Orfismo também expôs pinturas na mostra coletiva anual do Salão dos Independentes (c. 1913-1922). REFERÊNCIAS SELECIONADAS; ATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 532, 570. ARGAN, G. C.; VINCA-MASSINI, L. (Biogr.). Arte Moderna. Tradução de Denise Bottman e Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 709p., p. 660. LÉVÊQUE, J-J. Le triomphe de l'art moderne: les Anées Folles. Paris: A. C. R. Éd. Internationalles, 1992. 624p.: il., retrs, p. 288. LUCIE-SMITH, E. Art Today. Oxford: Phaidon Press, 1977. 21,5 x 26,5 cm. 417p.: il., retrs., p. 488. NÉRET, G. 30 ans d'art moderne: peintres et sculpteurs. Fribourg: Office du livre, 1988. 248p.: il., p. 68. RAGON, M..Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., pp. 13, 22, 47. SEUPHOR, M. Dictionaire de la peinture abstraite: precédé d´une histoire de la peinture. Paris: Fernand Hazam, 1957. 305p.: il., pp. 156-158.

Wednesday, October 28, 2015

1929-1936 GRUPO INTERNACIONAL DOS A. r. - ARTISTAS REVOLUCIONÁRIOS (Lodz, Polônia; Paris, França, 1931-1936).

1929-1936 GRUPO INTERNACIONAL DOS A. r. - ARTISTAS REVOLUCIONÁRIOS (Lodz, Polônia; Paris, França, 1931-1936). Destaques: STRZHEMINSKI, Wladislaw e Katarzyna KOBRO. O Grupo do Unismo [Unizm] (1927-1929) formou-se com o artista russo Wladislaw Strzheminski (1893-1958), sua esposa Katarzyna Kobro (1898-1951) e o artista polonês Henryk Stazewsky (1894-1988), entre outros. Anteriormente Strzeminski organizou o Grupo dos Oito [Blok] (1924-1926) e o Grupo Praesens (1926-1929). Quando o Praensens perdeu-se nas disputas internas, Strzheminski, associado ao escritor, ensaísta, poeta e tradutor da vanguarda polonesa da Cracóvia, Julian Przybos (1901-1970), que vivia em Cieszyn, e ao poeta Jan Brzekowski (1903-1983), que vivia em Paris, formou o Grupo Internacional dos A. r. (Artistas revolucionários). Esses associados citados participaram da revista criada por artistas e poetas, a Zwrotnica (Cracóvia). Nessa época Strzheminski e Kobro viviam em Koluszki (1929-1931): quando eles se radicaram em Lódz, declararam a cidade polonesa como sede oficial do Grupo dos A. r. (Artistas revolucionários). Este grupo multimídia não organizou mostras coletivas de arte, mas suas obras participaram de inúmeras exposições coletivas na Polônia, várias organizadas no Instituto de Arte e Propaganda de Varsóvia, além de várias mostras no exterior. Brzekowski, que vivia em Paris, associado à artista polonesa Wanda Chodasiewsky-Grabowska, mais conhecida como Wanda Grabowska (1904-1983), associada ao Grupo (Internacional) Círculo e Quadrado [Cercle et Carré] (Paris, 1929-1931), foi participante da edição e publicação da revista L’Art Contemporain [A Arte Contemporânea]. Esta publicação divulgou os artistas poloneses do Grupo dos A. r. e os artistas multimídia internacionais Jean (Hans) Arp (1886-1966), Michel Seuphor (1901-1999), Théo van Doesburg (1882-1931), Ferrnand Léger (1881-1955); Max Ernst (1891-1976, participante do Surrealismo: Paris, 1924-1966), e o francês organizador do Grupo do Purismo (Paris, 1925), Amedée Ozenfant (1886-1966); o artista italiano participante do Futurismo, Enrico Prampolini (1894-1956), todos expoentes do Grupo (Internacional) Círculo e Quadrado [Cercle et Carré] (Paris, 1929-1931). Outras publicações associadas ao Grupo A. r. foram as revistas Europa e Linea [Linha]. Os artistas lançaram dois manifestos, sendo o segundo publicado em folheto de quatro folhas (1932). A última publicação associada ao Grupo A. r, ocorreu posteriormente, marcou a data do encerramento das atividades desse grupo (1936). O maior mérito do Grupo (Internacional) dos A. r. (Artistas revolucionários), entretanto, foi amealhar coleção de arte das vanguardas européias, entre outras doadas por artistas poloneses, sendo 21 obras angariadas por Stazewski em Paris. Várias dessas obras participaram de mostra coletiva organizada no Museu Municipal de História e Arte (Lódz, Polônia, 1928). Essa coleção continuou recebendo doações internacionais, transferidas para o Museu de Lodz (1929-1931), no total de 111 obras da nata das vanguardas européias existentes no acervo da instituição (1936-). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ENSAIO. MILNER, John. Arte, Guerra y Revolucion. Apud CATÁLOGO. LODDER, C., MILNER, J.; BASNER, E.; DJAFÁROVA, S. (Biogr.). La Vanguardia Rusa, 1905-1925 en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF, 1993. 295p.: il., color. RAGON, M. Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., p. 36. a. r. Group. (Revolutionary Artists, 1929-1936). GLINSKI, Mikolaj. December 9, 2013. Retrieved from: http://culture.pl/en/artist/ar-group Acessed in October 28, 2014.

Thursday, October 22, 2015

1562-1707 PANORAMA DA ARTE SACRA RUSSA ANTIGA (Kremlin, Moscou).

1562-1707 PANORAMA DA ARTE SACRA RUSSA ANTIGA (Kremlin, Moscou). Um dos exemplos mais significativos de Arte Sacra no mundo são os tesouros do Kremlin. Objetos de natureza religiosa, ricamente decorados em ouro e prata: cálices, cruzes usadas no peitoral, cruzes de altar, diptico com motivos religiosos, incensórios, cruz peitoral com relicário, pia de água benta, taças, candelabros e patenas, entre outros itens religiosos. Na preciosa coleção dos tesouros do Kremlin destacamos o missal de altar, com capa e contracapa decoradas em filigrana de prata, com várias figuras de santos e inscrições gravadas; não menos precioso o seu interior, com texto manuscrito com letras iniciais nas páginas internas decoradas com iluminuras a ouro e pintura colorida, obra do século XVI. O missal descrito foi presente do Czar Ivan, IV, conhecido como O Terrível, que governou o país durante prolongado período (1530-1584), para a Catedral da Anunciação (Kremlin, Moscou, 1568). Outro item religioso de grande beleza é a cruz de altar fundida em ouro com seus oito braços contornados lateralmente com pérolas. A cruz é de ouro, com desenhos de arabescos em filigrana e apresenta desenhos coloridos esmaltados e é incrustada com grandes pedras preciosas. Este objeto de arte sacra, com 40 cm de altura, foi criado por artesões russos nas Oficinas do Kremlin (Moscou, 1562). A cruz esteve em exposição na mostra Arte Aplicada Russa Antiga (Japão, 1964). Todas as peças descritas participaram da mostra Tesouros do Kremlin, organizada com curadoria de Olga Raggio, para o Museu Metropolitano de Arte [Metropolitan Museum of Art] (Nova Iorque, 1979), na época, dirigido por Philippe de Montebello; e, com curadoria de Ema P. Chernukha, para os Museus Estatais do Kremlim, na mesma época dirigidos por M. P. Tsukanov (Moscou - Nova Iorque, 19 maio – 02 de setembro, 1979); a mostra itinerou ao Grand Palais, Paris (12 de outubro, 1979 – 07 de janeiro, 1980). O Kremlin sempre foi o centro histórico da Rússia antiga, o coração cultural do país. A cidade de Moscou foi fundada pelo príncipe Yury Dolgorukiy (Yury Vladmirovich, Jorge I, c. 1099-1157), que em meados do século XII doou cálice de prata, com borda inscrita e a figura gravada de São Jorge, O Mártir, entre outros santos, dispostos nas laterais externas do bojo superior da peça (h=26 cm, d=19,5 cm), para a Catedral do Salvador, na cidade de Péreslavl-Zaleski. Depois da Revolução de Novembro essa obra de Arte Sacra russa passou a integrar os tesouros do Kremlin (1917). Os bolcheviques formaram o comitê para preservação dos monumentos de arte do país, que reuniu todos os tesouros russos no acervo do Kremlin (Moscou, 1922). A Arte Sacra russa é tesouro da humanidade que deixa os visitantes maravilhados com o esmero da técnica artesanal empregada na sua confecção desde há séculos atrás. Os ícones russos, que datam desde o século XI, que foram confeccionados até o começo do século XVIII, outro tesouro da Arte Sacra, acumulados ao longo de séculos nas catedrais da Assunção, Anunciação e do Arcanjo Miguel. Os ícones produzidos nas antigas cidades russas de Novgorod, Pskov e Vladimir, passaram a pertencer ao país unificado por Ivan III, o Grande (Ivan Vasilievih Bolschoi, 1440-1505), no século XV, quando trazidos para Moscou oriundos dos principados independentes. Posteriormente, durante a dominação de Ivan IV, O Terrível, em meados do século XVI, ocorreu outra migração de objetos religiosos que passaram a integrar o acervo do Kremlin. Assim, esta coleção se tornou a mais importante no mundo, por permitir a apreciação da evolução da Arte Sacra ao longo de quase um milênio. Algumas obras de Arte Sacra russa estiveram no Brasil, ícones produzidos nos séculos anteriores, exibidos na mostra Arte Russa, anexados à arte de vários movimentos ocorridos em cinco séculos de arte no país (Oca, no Parque do Ibirapuera, São Paulo, 2003). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Chernukha, E. P., Raggio, O., Salet, F. (Orgs.). (1979). Treasures from the Kremlin. New York: The Metropolitan Museum of Art, Harry N. Abrams, pp.01-128, 220. Martynova, M. V. Russian Gold and Silver. Apud Chernukha, E. P., Raggio, O., Salet, F. (Orgs.). (1979). Treasures from the Kremlin. New York: The Metropolitan Museum of Art Harry N. Abrams, pp. 145-177. Zonova, O. V. Icons. Apud Chernukha, E. P., Raggio, O., Salet, F. (Orgs.). (1979).Treasures from the Kremlin. New York: The Metropolitan Museum of Art Harry N. Abrams, pp. 130-144. Wikipedia. Ivan IIII. (2015). Retrieved from: https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=E0ayVZ7sJeqU8Qfm_ICQCQ&gws_rd=ssl#q=ivan+iii+of+russia Wikipedia. Yury Dolgorukiy. (2015). Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Yuri_Dolgorukiy:

Tuesday, October 20, 2015

1870-1924 GRUPO (RUSSO-SOVIÉTICO) DOS ITINERANTES OU GRUPO DA SOCIEDADE PARA MOSTRAS ITINERANTES DE ARTE [PEREDVIZNIKI] (São Petersburgo).

1870-1924 GRUPO (RUSSO-SOVIÉTICO) DOS ITINERANTES OU GRUPO DA SOCIEDADE PARA MOSTRAS ITINERANTES DE ARTE [PEREDVIZNIKI] (São Petersburgo). Esse grupo associou pintores Realistas, especializados nos temas sociais, que se reuniram em protesto contra as restrições dos pintores acadêmicos da Academia de São Petersburgo (v. Academia (Russa) das Três Nobres Artes). O grupo formou a cooperativa de artistas que se tornou a Sociedade para Mostras Itinerantes de Arte. Foram decisivos para a formação da sociedade os artistas Ivan Nikolayevich Kramskoi (1837-1887), Grigori Grigorievich Myasoyedov (1834-1911), Nikolai Nikolaevich Ge (1831-1894) e Vasily Grigorievich Perov (1834-1882). Kramskoi liderou a sociedade na luta da vanguarda por ideais democráticos, em oposição às normas da Academia de Arte de São Petersburgo. Vladimir Stasov (Vladimir Petrovich Stasov, 1824-1906) foi o crítico de arte associado à Sociedade para Mostras Itinerantes de Arte. Participaram e se destacaram Kostantin Apollonovitch Savitsky (1844-1903), e o pintor, conhecido por seus grandes afrescos murais com temas históricos, Vasily Ivanovich Surikov (1848-1916); o pintor acadêmico Fiodor Antonovich Bruni (1799-1875), além de Mikhail Mikhailovich Cheremnyk (1890-1962), Nicolai Alexeievich Kasatkin (1859-1930), Arkhip Ivanovich Kuindzhi (1842-1910); o precursor do Impressionismo russo Isaac Iliych Levitan (1860-1900); Rafail Sergeevich Levitsky (1847-1940), Vladimir Egorovich Makovsky (1846-1920), Mikhail Vasilievich Nesterov (1862-1942), Lev Pasternak (Leonid Osipovich Pasternak, 1861-1945); Vasily Dmitrievich Polenov (1844-1937), que posteriormente pintou cenários para os Balés Russos (Paris, 1909-1929); Illarion Mikhailovich Pryanishnikov (1840-1894), Ilya Yefimovich Repin (1844-1930), Andrey Petrovich Ryabuszhinky (1861-1904), Konstantin Apollonovich Savitsky (1844-1903); o paisagista Alexey Kondatrievich Savrasoy (1830-1897); Valentin Aleksandrovich Serov (1830-1897) e uma das pioneiras das vanguardas russas, a destacada pintora de interiores Emily Shanks (Emillya Yakovlevna Shanks, 1857-1936); Ivan Ivanovich Shishkin (1832-1898), Vasily Ivanovich Surikov (1841-1880), que estudou na Academia Julian, em Paris; Apollinary Mikhailovich Vastnesov (1856-1933) e seu irmão, Victor Mikhailovich Vastnesov (1848-1926); e Nikolai Alexandrovich Yarosshenko (1846-1898), entre outros, como os escultores Marina D. Ryndziunskaya (1877-1946) e Ivan Semenovich Yefimov (1844-1930). As pinturas do grupo foram influenciadas pela estética de Vissarion Grirorievich Belinsky (1811-1848), e de Nikolay Gravilovich Chernyshevsky (1828-1889), artista liberal que lutou pela extinção da servidão, o que ocorreu finalmente por decreto de Nicolai II (1861). Os castigos corporais, a pena capital e a censura a imprensa eram vistas como influências maléficas ocidentais, que deveriam ser banidas da sociedade russa. As idéias políticas de Chernyshevsky levaram-no a ser censurado e, inclusive, proibiram a apresentação de sua dissertação durante a mostra anual dos trabalhos acadêmicos. Em protesto contra a censura às obras de Chernyshevsky, 14 estudantes da Academia de Arte se rebelaram e se retiraram da instituição (São Petersburgo, 1861). Alguns anos depois esses artistas, que desejavam levar sua arte ao povo russo, haviam formado o cerne da cooperativa que organizou a Sociedade Para Mostras Itinerantes de Arte (1870-1923). A arte dos associados ao dito, Grupo dos Itinerantes [Peredvisniki] evoluiu durante alguns anos. Foram organizadas 48 exposições itinerantes, de São Petersburgo a Moscou, Kiev, Kharkov, Kazam, Orel, Riga e Odessa, entre outras cidades (1871-1923). A sociedade prosperou durante duas décadas (1870-1890). Através de sua arte a Sociedade mostrou muitas características da vida russa, rural e urbana, que enfatizavam nos camponeses e deserdados da sorte a força de caráter presente nas suas figuras humanizadas A obra dos pintores que ficaram conhecidos como Itinerantes revelou influência da luminosidade dos Impressionistas franceses, que se mostrou bem mais atraente do que a pesada paleta acadêmica que vigorava na arte russa do mesmo período. A luta pela emancipação do povo russo foi mostrada em muitas obras de Ilya Repin, um dos maiores expoentes da arte russa, como em A Prisão do Propagandista e Recusa à Confissão, entre outras: e nas obras que mostraram fatos históricos como na pintura de Vasily Surikov, A Manhã da Execução de Streltsy. E Mikhail Nesterov se destacou devido à obra intitutulada A Visão do Jovem Bartolomeu (1890-1891), sobre a conversão do santo medieval russo Sergey Radonejsky, considerada a obra inaugural do Simbolismo religioso na arte russa. A 42ª Exposição Itinerante (Moscou, 1913), apresentou obras de Vasily Nikolaevich Baksheev (1862-1958), Varvara Dmitrievna Bubnova (1886-1983), David Davidovich Burliuk (1882-1967), Nikolay Petrovich Bogdanov-Belsky (1868-1945), Nikolai Vitold Kaetanovich Byalinitsky-Birulya (1872-1957); Nikolai Ivanovich Fechin (1881-1955), artista que emigrou para os EUA e faleceu na Califórnia; Alexander Mikhailovich Gerasimov (1881-1963), Konstantin Ivanovich Gorbatov (1876-1945), Nicolai Alexeievich Kasatkin (1859-1930), Kiryak Konstantinovich Kostandy (1852-1921), Vladimir Egorovich Makovsky (1846-1920), Vasily Dmitrievich Polenov (1844-1927) ), artista que estudou na França; Pavel Aleksandrovich Radimov (1887-1967), Ilya Efimovich Repin (1844-1930), além de Petr Kelin e Pyotr Staranosov. Posteriormente pertenceram ao Grupo (Soviético) da Associação de Arte Ativa Revolucionária [AKhR] (Moscou, 1922-1932; v.) vários pintores destacados no dito, Grupo (Russo - Soviético) dos Itinerantes: Abram Efimovich Arkhipov (1862-1930), Nicolay Alexeievich Kasatkin (1859-1930), Arcady Alexandrovich Rylov (1870-1939); e Georgy Konstantinovich Savitsky (1887-1949), filho de Konstantin Apollonovich Savitsky. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Cassou, J., Brunel, P., Claudon, F., Pillemont, G., Rihard, L. (Orgs.). (1988). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, pp. 279-280. Durozoi, G. (1992). Dictionaire de l'art moderne et contem. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, p. 594. Hulten, P. (Org.). (1986). Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers. IEU - The Internet Encyclopedia of Ukraine. Retrieved from: http://www.encyclopediaofukraine.com/Art.asp#Topic_10 Ignatiev (Kazanskii). (2013). Ivan Vasilievich Ignatiev. Retrieved from: db7487@cnsvax.albany.edu Jackson, W. Enciclopédia Prática Jackson, vol. 9. Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Recife: Editôra Jackson, 1956, pp. 244-245. Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Nicolai Fechin. Retrieved from: http://en.wikipedia.org/wiki/Nicolai_Fechin Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Konstantin Gorbatov. Retrieved from: http://en.wikipedia.org/wiki/Konstantin_Gorbatov Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Kyriak Kostandi. Retrieved from: http://en.wikipedia.org/wiki/Kyriak_Kostandi Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Vladimir Makovsky. Retrieved from: http://en.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Makovsky Wikipedia, the free encyclopedia. (2013). Nesterov, Mikxail Vasilievich. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Nesterov

Saturday, October 17, 2015

1897-1925 PANORAMA DO INSTITUTO (RUSSO-SOVIÉTICO) DE PINTURA ESCULTURA E ARQUITETURA (Moscou).

1897-1925 PANORAMA DO INSTITUTO (RUSSO-SOVIÉTICO) DE PINTURA ESCULTURA E ARQUITETURA (Moscou). Depois da Revolução Russa alguns grupos russos de vanguarda se formaram em outras cidades, mas depois vieram para Moscou, que se tornou a capital da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O maior impulso na formação da vanguarda russa e soviética ocorreu a partir do ensino no Instituto de Pintura Escultura e Arquitetura de Moscou. Nessa instituição estudaram os principais impulsionadores dos primeiros grupos das vanguardas russas. Foram professores do Instituto de Pintura, Escultura e Arquitetura, Vasily Grigorievich Perov (1834-1882), Illarion Mikhailovich Pryanishnikov (1840-1894) e Alexei Kondratievich Savrasoy (1830-1897), expoentes do Grupo dos Itinerantes ou da Sociedade Para Mostras Itinerantes de Arte (São Petersburgo, 1870-1924, v.). Outros pintores destacados também foram professores desta escola para formação das vanguardas artísticas russas, como Valentin Aleksandrovich Serov (1865-1911), em 1897-1904; Konstantin Fedorovich Youon (1875-1958), em 1903-1904; Konstantin Aleseevich Korovin (1861-1939), de 1905 a 1910; e Leonid Osipovich Pasternak (1861-1945), Apollinary Mikhailovich Vastnesov (1856-1933) e Alexey Stepanovich Stepanov (1858-1923), professores em 1914-1917 e Isaac Ilyich Levitan (1860-1900). No Instituto de Pintura Escultura e Arquitetura de Moscou foi aluno (1901), Arthur Vladimirovich Fonvizin (1883-1973); (1902-1904/ 1907-1908), Vladimir Evgrafovich Tatlin (1885-1953); (1904-1910), Kazimir Severinovich Malevich (1878-1935); (1905-1910), Robert Rafailovich Falk (1886-1958); (1906-1910), Peter Ignatievich Bromirsky (1886-1919/20); (1906-1908/ 1912-1913), Ivan Semenovich Yefimov (1844-1930); (1907-1911), Sergey Vasilievich Gerasimov (1885-1964); (1909-1914), Nikolay Mihailovich Grigoryev (1880-1946); (1910-1911), Alexis Gerashchenko (Alexey Gerashchenko, 1883-1927); (1910-1914), David Davidovich Burliuk (1882-1967), Arcady Alexandrovich Plastov (1893-1972), Martiros Sergeevich Sariyan (1880-1972), Alexander Vasilievich Shevchenko (1883-1948), Abram Efimovich Arkhipov (1862-1930), Nicolai Alexeievich Kasatkin (1859-1930), Kuzma Sergeevich Petrov-Vodkin (1875-1935), Vasily Grigorievich Perov (1834-1882), Illarion Mikhailovich Prynishnikov (1840-1894) e Alexey Kondatrievich Savrasoy (1830-1897). Nesta prestigiosa instituição estudaram Nikolay Platonovich Andreyev (1882-1947), Alexey Vasilievich Babichev (1887-1963), Nikolay Petrovich Bogdanov-Belsky (1868-1945), Sergey Alexandrovich Bogdanov (1888-1967), Vasily Nikolaevich Chekrygin (1897-1922), Nikolay Gavrilovich Chernyshov (1828-1889), Vladimir Nikolaevich Domogatsky (1876-1939), El Lissitzky (Eleazar Markovich, 1890-1941), Stephan Dmitrievich Erzia (1876-1959), Robert Rafailovich Falk (1886-1958), Vera Favorskaya (1896-1977), Konstantin Feofanovich-Morosov (1894-1990), Nikolay Petrovich Feofilatkov (1878-1941), Arthur Vladimirovich Fonvizin (1883-1973), Alexis Gerashchenko (Alexey Gerashchenko, 1883-1927), Sergey Vasilievich Gerasimov (1885-1964), Ilya Alexandrovich Golosov (1883-1945), Andrey Dmitrievichch Goncharov (1903-1979), Anna Golubkhina (1889-1990), Alexey Vasilievich Grischenko (1883-1927), Alexander Dmitrievich Korin (1895-1986), Pavel Dmitrievichy Korin (1892-1967), Sergey Timofeevich Konenkov (1874-1971), Boris Davidovich Korolev (1885-1963), Nadezhda Krandiyevskaya (1891-1963), Ivan Alekseevich Kudryashov (1896-1972), Sergey Mikhailovich Luppov (1883-1977), Ilya Ivanovich Mashkov (1881-1944); Leonid Osipovich Pasternak (1861-1945), Vasily Dmitrievich Polenov (1844-1921), Kliment Nikolaevich Redko (1897-1956), Vasily Vasilievich Roshdesdtvensky (1884-1963), Valentin Aleksandrovich Serov (1865-1911), Alexander Vasilievich Shevchenko (1883-1948), Vasily Ivanovich Schukaev (1887-1973), Konstantin Andreievich Somov (1869-1939), Piotr Nikolaevich Troubetskoy (Príncipe Paolo Troubetskoy), Apollinary Mikhailovich Vastnesov (1856-1933), Sergey Mikhailovich Volnukhin (1859-1921), Georgy Bogdanovich Yaculov (1884-1928), Ivan Semenovich Yefimov (1844-1930), Vasyl Yermilov (Vasily Mikhailovich Yermilov, 1894-1968), Konstantin Fedorovich Yuon (1875-1958), Grigory Zimin (Georgy Alexandrovich Zimin, 1901-1983), entre outros. Muitos dos citados acima se transformaram nos melhores artistas e professores das vanguardas russas e soviéticas. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Djafarova, S. (Biogr.). Apud Lodder, C., Milner, J., Basner, E., (Orgs.). (1993). La Vanguardia Rusa 1905-1925, en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF. Djafarova, S. Una politica de difusión del arte moderno: los museos de cultura artistica. Apud Lodder, C., Milner, J., Basner, E. (Orgs.). (1993). La Vanguardia Rusa, 1905-1925 en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF. Gassner, H. (1992). The Constructivists: Modernism on the way of Modernization. Translated by Jurgen Riehle. Apud Celant, G., Gimenez, C. (Orgs.). (1992). The Great Utopia. The Russian and Soviet Avant-Garde 1915-1932. Frankfurt: Schirn Kunsthalle. Amsterdam: Stedelijk Museum. New York: The Solomon Guggenheim Museum. Kovtun, Y. (1998). Mikhail Larionov 1881–1963. Bournemouth: Parkstone Press (Great Painters). Kovtun E., Stanislas, Z., Ouvriard, N. (Orgs.). (1990). Filonov. Paris: Éditions du Centre Georges Pompidou, Musée Russe de Leningrad. Kovtun, Y. (1996). Russian Avant-Garde in the 1920-1930s: Painting, Graphics, Sculpture, Decorative arts from the Russian Museum in St. Petersburg. Bournemouth: Parkstone Publishers. St. Petersburg: Aurora Art Publishers. Lodder, C. (1993). El arte de vanguardia en Russia: experimento e innovación. Apud Lodder, C., Milner, J., Basner, E. (Orgs.). (1993). La Vanguardia Rusa, 1905-1925 en Las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF. Milner, J. (1993). Arte, Guerra y Revolucion. Apud La Vanguardia Rusa, 1905-1925, en las colecciones de los Museos Rusos. Madrid: Fundación Central Hispano, Fondación ELF. Petrova, Y., Kibilitsky, J., Rodríguez, A., Athaide, R. de, Cochiaralle, F. (Orgs.). (2009). Virada Russa: a Vanguarda na Coleção do Museu Russo de São Petersburgo. Tradução de Elena Vassina, Alexander Borodin e Joseph Kiblitsky. São Paulo: Joseph Kiblitsky, Palace Editions, pp.152-157, 165-177. Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Isaac Ilyich Levitan. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Isaac_Levitan

Wednesday, October 14, 2015

1757-1764-1933-1947-1991-Hoje PANORAMA DA ACADEMIA RUSSA DE ARTES (São Petersburgo, 1757-hoje) - ACADEMIA (RUSSA) DAS TRÊS NOBRES ARTES (1757-1764), que se tornou a ACADEMIA IMPERIAL DE ARTES OU ACADEMIA DE ARTES DE SÃO PETERSBURGO [IAH] (1764-1933); depois, ACADEMIA RUSSA DE ARTES (1933-1947), ACADEMIA DE ARTES DA URSS (1947-1991); e, novamente, ACADEMIA RUSSA DE ARTES (São Petersburgo, 1991-hoje).

1757-1764-1933-1947-1991-Hoje PANORAMA DA ACADEMIA RUSSA DE ARTES (São Petersburgo, 1757-hoje) - ACADEMIA (RUSSA) DAS TRÊS NOBRES ARTES (1757-1764), que se tornou a ACADEMIA IMPERIAL DE ARTES OU ACADEMIA DE ARTES DE SÃO PETERSBURGO [IAH] (1764-1933); depois, ACADEMIA RUSSA DE ARTES (1933-1947), ACADEMIA DE ARTES DA URSS (1947-1991); e, novamente, ACADEMIA RUSSA DE ARTES (São Petersburgo, 1991-hoje). O prédio de estilo Neoclássico da Academia Imperial de Artes foi construído com projeto de Jean-Baptiste Michel Vallin de La Mothe (1729-1800), assistido por Y. M. Feltin e Alexander F. Kokorinov (1764-1789). A Academia das Três Nobres Artes (São Petersburgo, 1757-), inaugurada por seu patrono o conde Ivan Shuvalov (1727-1797), Ministro da Educação no reinado da Imperatriz Autocrata de Todas as Rússias, filha de Pedro, o Grande (1672-1725), Elizaveta Petrovna Romanova (1709-1762). Até a construção do novo prédio a Academia Imperial de Artes esteve localizada no Palácio Shuvalov (1757-1764). Foi Catarina II (Sofia Augusta Frederica, Princesa de Anhalt-Zerbst, Alemanha, 1729-1793), quem nomeou a escola como Academia Imperial de Artes e indicou seu primeiro reitor, Alexander F. Kokorinov, encarregado do projeto da nova edificação que levou 25 anos sendo construída. O arquiteto-decorador Konstantin Andreyevich Thon (1794-1881) foi responsável pelo projeto dos luxuosos interiores: ele adornou a fachada com duas esfinges com 3000 anos de idade trazidas do Egito. O novo encarregado de reorganizar a academia como departamento, foi Ivan Ivanovich Betskoy (1704-1795). Distribuindo ordens Betskoy reuniu todos os assuntos referentes às artes através do país, promovendo os princípios neoclássicos. Durante período prolongado Academia Imperial de Artes levou destacados artistas russos para estudarem no exterior, principalmente na Itália e França, onde apreciaram a modernidade na arte de seu tempo e aprenderam os princípios clássicos das artes. A Academia de São Petersburgo reuniu coleção respeitável de obras de arte estrangeiras, escolhidas para serem estudadas e copiadas a partir das pinturas de Jean-Dominique Ingres (1780-1825), entre outros mestres. O escultor Vladimir Alexandrovich Beklemishev (1861-1919), foi professor da Academia de São Petersburgo, sendo seu aluno de escultura Alexander Nikolaevich Zlatovratsky (1878-1960), que posteriormente estudou na ENSBA (Paris, 1908). Em meados do século XIX o ensino da academia foi desafiado por grupo de pintores, conhecido como o Grupo dos Itinerantes [Pereddvishniki], mais precisamente como o Grupo (Russo - Soviético) da Sociedade para Mostras Itinerantes de Arte (v.). Os artistas, liderados por Ivan Kramskoy (1837-1887), se retiraram da Academia e promoveram a arte dos associados em mostras itinerantes por toda a Rússia Depois da Revolução Russa (1917), a Academia soviética passou por inúmeras transformações, recebendo os nomes de Academia Russa de Artes (1933) e de Academia de Artes da URSS (1947), para depois voltar ao nome anterior, de Academia Russa de Artes (1991). A importante coleção de arte reunida pela Academia de São Petersburgo, incluindo pinturas de Jean-Dominique Ingres (1780-1825), Jean-Louis David (1748-1825) e Nicholas Poussin (1594-1665), entre outros mestres europeus, passou ao acervo do Museu Ermitage, localizado na outra margem do rio. O Academicismo floresceu com nova roupagem sob a ditadura de Iosif Stalin (1924-1953; v. Arte Totalitária; v. o Grupo da Associação de Artistas da Rússia Revolucionária [AKhRR] e v. o Grupo da Associação de Arte Ativa Revolucionária [AKhR]). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Massie, R. (2012). Catarina, a Grande: Retrato de uma Mulher. Rio de Janeiro: Rocco, pp. 19, 21, 30, 392, 404. Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Alexander F. Kokorinov. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Alexander_Kokorinov Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Jean-Baptiste Vallin de la Mothe. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Jean-Baptiste_Vallin_de_la_Mothe Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Konstantin Thon. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Konstantin_Thon Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Ivan Ivanovich Betskoy. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Ivan_Betskoy Wikipedia, the free encyclopedia. (2015). Ivan Shuvalov. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Ivan_Shuvalov